quarta-feira, 26 de julho de 2017

Nerium oleander, L.
APOCYNACEAE


Nome Comum:        Loendro; Aloendro; Oloendro; Sevandilha; Sevedilha 
Origem:                   Região Mediterrânica
Habitat:                   Galeria ripícola e na orla de matas
Em Portugal:          Espontânea com maior incidência a Sul do Rio Mondego,  em particular no Alentejo e Algarve e cultivada em todo o país
Clima:                     Mediterrânico 
Solo:                       Sem exigência
Altura:                      3,0 – 4,0 m
Diâmetro:                 2,0 – 3,0 m
Época de Floração: Primavera/Verão/Outono
Exposição Solar:     Soalheiro
Propagação:            Por Estaca
Crescimento:           Lento
 
Característica:         Arbusto de forma arredondada, de grande robustez, caule erecto, muito ramificado desde a base, com ramos finos, flexíveis, geralmente erectos, ou ligeiramente pendentes; folhagem densa.

Folha:                      Verde escuro na página superior, um pouco mais clara e com nervação principal bem visível na inferior, subséssil, coriácea, inteira, oposta em grupos de 2 a 3 muito raramente 4 e lanceolada. Quando arrancada liberta uma seiva leitosa tóxica. 

Flor:                    Inflorescência terminal, com flores branca, ou rosadas grandes, odoríferas, reunidas em cimeira corimbiforme. 

Fruto:                 Folículo com papilho e pêlos acetinados. Sem interesse ornamental.

Utilização Paisagística: Recuperação de linhas de água, taludes, rotundas e faixas separadoras de trânsito, jardins, parques e áreas residuais.

Obs:                            O termo Nerium, surge do Grego. O termo oleander refere-se à semelhança entre as folhas do Loendro e da Oliveira. Em alguns locais, os ramos dos Loendros, servem para enfeitar, largos para festas populares e as ruas por onde passam as procissões.

A Sul do Tejo:   O Nerium oleander, é um dos arbustos mais utilizados em Espaços Verdes nesta Região, praticamente não existe espaço onde não se verifique quer se trate de jardins, parques, matas e áreas residuais. Aparece isolado ou em grupo com plantas de flores todas da mesma cor, ou de cores diferentes.
                          Encontrando-se o Loendro, assim tão disseminado e não se verificando diferenças de porte, folhagem e densidade de  floração entre plantas de espaços onde visivelmente se observa manutenção constante e outros onde essa é parca, ou quase inexistente e encontrando-se ainda o Loendro em vários tipos de solo, presença ou não de poluição atmosférica facilmente se depreende, que este arbusto que não exige muitos cuidados para manter a sua vistosidade.
Sendo o Loendro uma planta autóctone, quando comparadas plantas existentes em Espaços Verdes e Naturais, o que rapidamente se conclui, é que a existir diferenças, estas não são perceptíveis.
                          Embora, o Loendro seja um arbusto vulgar, possui uma certa capacidade para envolver o gosto humano, e é impossível de passar por ele, sem que pelo menos se note,  isto devido, à sua densa floração que se inicia na Primavera e se prolonga ainda que menos intensa pelo Outono.


domingo, 23 de julho de 2017

 FÉRIAS/ ARBUSTOS - Arbutus unedo, L.

Porque estamos em período de férias,  não vou nas próximas semanas, desenvolver novos posts, mas vou partilhar convosco, a minha paixão por plantas e dar-vos a conhecer algumas delas através de um estudo que fiz nos anos de 1998/1999, sobre arbustos em espaços verdes a Sul do Tejo. As fotografias, são igualmente da época, pelo que não apresentam grande qualidade.

 Antes de conhecer-mos o primeiro arbusto que escolhi para hoje, quero continuar a chamar a atenção, para  o concurso "7 Maravilhas de Portugal - Aldeias". Podem assistir, aos Domingos, a partir das 21h15 a este concurso através da RTP. 

Arbutus unedo, L.
ERICACEAE



Nome Comum:        Medronheiro; Ervado; Ervedo; Ervodo; Ervedeiro
Origem:                     Região Mediterrânica
Habitat:                   Matos e florestas
Em Portugal:            Espontâneo e cultivado em  todo o país
Clima:                        Mediterrânico
Solo:                          Silicioso  ou cascalhento, ligeiramente ácido
Altura:                        2,0 – 3,0 m
Diâmetro:                  1,5 –  2,0 m
Época de Floração: Inverno / Primavera
Exposição Solar:      Sombra
Propagação:            Estacaria
Crescimento:           Lento

Características:        Arbusto de forma ovóide, com caule tortuoso, de casca grossa  muito ramificado com ramos rijos e erectos, que quando jovens apresentam cor avermelhada; folhagem densa.
Folha:                        Persistente, verde escuro lustrosa, ficando púrpura no Outono, lisa, serrada, alterna, oblongo-obovada, acuminada e pecíolo curto
Flor:                           Inflorescência terminal, com flores branco-rosado reunidas em cachos pendentes.
Fruto:                         Baga globosa, granulosa-verrugosa, comestível, vermelho-alaranjado, denomina popularmente por Medronho. Amadurece ao mesmo tempo em que a planta floresce. Muito apreciado na indústria licoreira.

Utilização Paisagística: Sebe. Hortas pedagógicas, jardins, parques, matas e áreas residuais.

Obs:                           Os Romanos designaram-no por “unum edo”, que em Latim significa, “eu como um só”, devido ao seu sabor um pouco ácido e a possuir substâncias embriagadoras. Desde à muito que a medicina se interessou por este arbusto devido ao seu elevado teor em tanino. A sua madeira é muito apreciada em marcenaria, por ser muito fácil de polir.

A Sul do Tejo:          O Arbutus unedo, é um arbusto pouco utilizado em Espaços Verdes nesta região. Encontra-se em jardins, parques e matas. Aparece maioritariamente isolado, no entanto no Redondo na entrada da Vila na direcção de Évora, encontra-se uma sebe ligeiramente talhada com cerca de 150 metros de extensão.
Sendo o Medronheiro uma planta autóctone quando comparado com espécimes existentes nos Espaços Verdes, estas não aparentam diferenças.
O Medronheiro, é um arbusto de uma beleza singular, muito por culpa da sua silhueta tortuosa, mas também devido à coloração da sua folhagem impulsionada pela contínua mudança de cores; o vermelho dos ramos jovens, o verde escuro das folhas adultas, tornando-se algumas púrpuras no Outono. Não esquecendo o fruto de cor intensa que se mantém praticamente durante todo o ano, verde quando aparece, alaranjado na altura da floração e vermelho quando maduro. As suas flores de uma beleza sensual, acabam por não se realçar muito no conjunto.