sábado, 22 de abril de 2017

Testemunhas de Jeová / Inquisição da Igreja Ortodoxa Russa
Foto: Samuel Patrocínio / Mural na Cidade de Lisboa

Não sou Testemunha de Jeová, nem consigo compreender algumas das suas Práticas e Crenças. Mas não é por isso que entenda que a sua actividade deva ser banida onde quer que seja.

Não são pessoas conflituosas. Não desobedecem à ordem pública. Não são um perigo para nenhum país, nem para ninguém. 

Vivemos no mundo livre de opções. Uma das mais importantes é a opção à religião. É, e assim deve ser. Negar a opção à religião é negar a essência do próprio Ser Humano.

O Jornalista José Millhazes, num notícia recente, explica como a Igreja Ortodoxa Russa, não consegue coabitar no seu espaço com outras congregações religiosas. Não entende a diferença, nem concebe a perda de membros.

Começou na Rússia, uma nova Inquisição. 

Não esqueça a Igreja Ortodoxa Russa, que quanto mais opressão existir sobre um grupo religioso, o que acontece por norma,  como por milagre, é que esse grupo na penumbra da opressão, cresce sempre mais. A História assim o tem mostrado.

A Igreja Ortodoxa Russa, mostra toda a sua intolerância e ódio, para com outros demais cristãos ou pseudo-cristão, e isso não é um ensinamento de Cristo.

Seja como for, este não é um bom sinal para o mundo.

A Inquisição na Rússia já começou. Não sabemos como vai terminar. Quem serão as próximas vítimas? Quanto sangue vai ser derramado? E o resto do mundo o que fará? Assistir de braços cruzados? Ou aderir também?



domingo, 16 de abril de 2017

Somos Uma Sociedade Cristã?
Foto: Samuel Patrocínio

Hoje foi Domingo de Páscoa, ou talvez apenas dia de apanhar ovos de chocolate, mas não é sobre esta última parte que vos quero falar.

Domingo de Páscoa. 

Dia que para os cristãos implica o Resgate feito por Cristo, no sentido da salvação de cada Ser. Dia em que Cristo ressuscitou, e deu ao mundo a esperança da vida eterna. A Esperança de um voltar e levar para consigo aqueles que se tornaram seus.

Quase dois mil anos passaram desta promessa. 

Há quase dois mil anos que uma parte da população mundial se diz Cristã. Mas segue os ensinamentos de Cristo?

Cristo ensinou a criar o feudalismo? a inquisição? o esclavagismo? o racismo? Outros "ismos"? “a mãe de todas as bombas”?. Cabem estas e muitas outras interrogações nos Ensinamentos que ele nos deixou?

Eis, o que há cerca de dois mil anos, Jesus disse:
- “amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (João 13,34); 

- “Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demónios e não realizamos muitos milagres?'  Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!” (Mateus 7,22-23); 

-  E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna".
(Mateus 25,32-46).

Mais palavras para quê? 

Somos uma Sociedade Cristã? Sim. Mas uma Sociedade Cristã, de nome, mas não de facto.
                                                     

segunda-feira, 10 de abril de 2017

PARA ALÉM DO RELATO DE FUTEBOL

Quando nos anos 90 do século passado, dedicava o meu tempo, de quinze em quinze dias, às quartas-feiras à tarde e muitas vezes pela noite dentro, a escutar os relatos de futebol das equipas portuguesas nas diversas taças europeias, estava longe de imaginar que um dia poderia vir a percorrer alguns países que na altura me pareciam distantes. 


Dos países que mais me chamavam à atenção, por tudo o que ouvia acerca deles, relativo à sua circunstância de pertencerem ao Pacto de Varsóvia estavam os países do leste europeu, e dentre destes, o foco, não sei porque razão, incidia sobre a Checoslováquia e a Bulgária.

Dizia para comigo que ainda um dia haveria de visitá-los e descobrir como viviam as suas gentes. Sempre gostei de analisar e entender a forma de vida dos diversos povos deste planeta.

Como todos sabem, com o desenrolar das políticas mundiais a Checoslováquia, dividiu-se pacificamente nos “seus reinos” constituintes, dando origem à Eslováquia e à República Checa.

Também cresci e a vida mudou. Deixei de acompanhar religiosamente os relatos das equipas portuguesas na Europa. Parece que a magia do futebol se foi perdendo. 

A magia do Futebol pode ter-se perdido. A vibração com os relatos das equipas portuguesas dessas quartas-feiras especiais de Futebol também. 

Quis todavia a vida, que há dez anos pudesse durante doze dias visitar a Eslováquia e agora na semana passada a República Checa.  

Quis também a vida, que desses países “esquisitos” que da Europa de Leste jogavam com as equipas portuguesas, já tivesse tido oportunidade de conhecer a Roménia e a Polónia. 

Desses momentos de Futebol, em que a imaginação sobre como seriam esses povos e como viviam, deslizava mais rápido do que a vontade do relatador em gritar golo, ainda me falte conhecer a Bulgária. 

Quem sabe um dia, num desses contornos da vida.

P.S – Deixo-vos algumas fotografias da República Checa, apesar da qualidade das imagens, ser aquela que o telemóvel permitiu.