Van Gogh
Nunca senti tanto como nas duas últimas semanas, a pequenez no mais recôndito e miserável sentido da palavra, em que se tornou o pensar e o agir de uma boa parte dos portugueses.
Mentiria se dissesse que não tenho vindo a sentir em crescendo este “fenómeno” de há uns anos a esta parte, porém, jamais vislumbrei que a decadência de SER, de parte do nosso povo poderia chegar a um fim de linha, tão paupérrimo e, a culpa não é da famigerada crise, ou por outra, é da crise, mas da crise de valores.
Como é que é possível que:
- não se entenda nos dias de hoje que a Educação, é um bem tão essencial, como alimentar o corpo e respirar.
- se troque a capacidade de um futuro profissional, por formações vazias de âmago, assentes na frivolidade, tão ao jeito de episódios telenovelísticos, que umas tantas televisões nos teimam em impingir.
- para se obter uma determinada vantagem sobre outrem, vale mentir, enganar, obrigando outros por consequência e involuntariamente a fazer o mesmo.
- enfim, como é que é possível, como é que é possível…
Esperemos que o novo povo e particularmente os nossos jovens (lido até aos 40 anos), entendam que o sermos um país pequeno, é muito diferente de sermos um país de pequenez.