domingo, 17 de julho de 2011

MATAR O ALENTEJO?


Resultados dos CENSOS 20111 no Distrito de Beja, apenas e só o maior distrito em área do país.

Cada um que avalie os resultados.

Perante as evidências, abstenho de fazer comentários.

Deixo apenas mais um dado, dos cerca de 152 000 habitantes do distrito, quantos terão mais de 60 anos.
Será que o Terreiro do Paço sabe o que anda a fazer, ou o objectivo é mesmo esse, MATAR O ALENTEJO?

domingo, 10 de julho de 2011

MOODY'S

Imagem: do ataque de portugueses ao site da Moody's ou a ela associado

Moody’s, a palavra que indiscutivelmente entrou esta semana no léxico nacional. Portugal atónito viu esta agência de rating, professar que economicamente a república portuguesa, vale o equivalente a lixo.

Sobre as agências de rating, não posso estar mais de acordo com a maioria dos comentários de empresários/políticos/comentadores, que têm proliferado no espectro comunicacional cá do sítio, que comungam, que as notações desta agência e de outras similares, têm um peso excessivo e especulativo na decisão dos mercados. Comungam igualmente, e eu também concordo, que existe claramente e à descarada uma ofensiva contra o euro, mas principalmente contra a Europa. Na Europa por sua vez, pela primeira vez, algumas vozes aumentaram os decibéis, e publicamente ousaram criticar estas famosas agências.

Nesta história, tudo isto eu percebo, mas existe, um ténue pormenor, que eu não consigo perceber, mas que admito, poder dever-se a uma certa deficiência neuronal, quando em comparação com os grande doutorados da nossa praça e do resto da Europa. Se toda a gente já entendeu o que pretendem as agências de rating, isto para não falar já da sua mais do que duvidosa credibilidade (veja-se o episódio Lehmam Brothers), como é que os grandes cérebros, os intelectualíssimos das finanças, os reverendíssimos senhores professores das imaculadas e prestigiadíssimas universidades do mundo, seguem e idolatram, as notações destas agências, que colocam a vida dos países, empresas e suas populações, amarrados aos seus ditames.

Posto isto, e deixando de lado “o murro no estômago”, que Portugal sofreu, a verdade é que com mais notação ou menos notação das agência de rating, o nosso país irá necessitar de ajuda suplementar/reestruturação ou outro qualquer plano, pois é impossível haver sucesso, por muito bons que sejam os nossos governantes actuais (e eu espero e tenho fé que sejam), devido ao facto de nos cobrarem a impraticável taxa de juros na casa dos 6%. Com esta taxa de juros, é impossível reverter-mos a situação económica de Portugal. Podemos esforçar-nos, podemos tentar tudo, mas, esta grandeza de taxas deita tudo a perder. A somar a isto, a falência da Grécia. A Grécia há muito que já caiu, falta apenas uma questão de tempo para que lhe seja determinado o óbito.

Nos próximos meses a população portuguesa, vai sentir a dureza da conjugação de uma série de medidas, acordadas com a Troika (e não é o corte no subsidio de Natal, que será o problema), que vão ter consequências imprevisíveis na vida de cada um de nós, das empresas e do próprio país.