domingo, 28 de fevereiro de 2010

EM PORTUGAL, PROTEGE O ESTADO AS VÍTIMAS OU OS criminosos?

Foto: retirada da Internet / sem indicação do autor
"Chegámos ao limite."
"Nunca Portugal viveu uma onda de criminalidade como a que estamos a viver."
"A brutalidade e a violência empregue pelos bandidos não cessa de aumentar."
"Onde está o país de brandos costumes? "
As frases não são minhas. Ilustram o país que de brando passou a território de Medo e Insegurança .


Hoje em Portugal vive-se a ditadura do medo, da desconfiança, da Insegurança. Todos, ou quase todos, já sentimos de perto, este flagelo.

Obviamente que sempre houve criminalidade. Sempre, mas nunca nos moldes e formatos que há cerca de cinco a seis anos, e de forma cada vez mais assustadora e crescente, aflige Portugal.

Aos portugueses não interessa já saber qual é a génese deste aumento da Insegurança. Interessa apenas uma coisa, ter um Estado que verdadeiramente os saiba proteger. E, é sentimento geral que essa protecção praticamente é mera miragem.

Acontece que, muita gente (ao qual eu julgo também pertencer) que outrora era imbuída de um sentir humanista e, abominava a Pena de Morte e outras práticas, mas não uma justiça que pugnasse por ser justa, caminha agora desamparado da sua crença, e, começa a anuir que a ineficácia do poder judicial em punir o que deve ser punido, leva a breve trecho à vitória dos puristas da Pena de Morte e práticas repressivas altamente violentas.

Urge que, quem tem o poder, ENTENDA, que o País exige para ONTEM:
- Leis justas que penalizem o crime e, não o travestem deixando os criminosos soberbamente “a gozar” dos cidadãos de quem abusaram e das autoridades que os tentaram deter.
- Que o Estado não pode alimentar com quaisquer tipo de subsídios uma cambada de parasitas, que assim o deseja ser para ter mais tempo para o crime.
- Que nem todos os crimes exigem prisão, mas muitos certamente terão um efeito correctivo maior, se os criminosos forem obrigados a repor com trabalho, em prol das vitimas ou da comunidade, os prejuízos causados.
- Que há determinados grupos (e deixem-se de gritar aos sete ventos que se trata de preconceito, xenofobia, racismo, etnicismo, ou o quer que seja, pois contra facto não há argumentos) que devem num primeiro momento imediato ser vigiados, num segundo momento ser integrados.

A terminar, apenas quero frisar que sou solidário com o esforço da forças de segurança, mas não com um tal de legislador nem com a magistratura judiciária, quando vejo determinadas sentenças que aplicam.

P.S. – para que conste, nas últimas três semanas a casa dos meus pais foi assaltada uma vez, tendo numa segunda tentativa ocorrido uma abortagem de assaltado por intervenção directa da minha mãe e do meu pai. E é uma casa modesta, imaginem se não fosse. Igual sorte tiveram outras casas da aldeia. As autoridades até desconfiam quem seja…mas?
Deixo uma pergunta.
Em Portugal, protege o Estado as VÍTIMAS ou os criminosos?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

JARDIM DE PORTUGAL

Foto: Samuel Ramos Patrocínio

Este não era o post que eu queria fazer. Não… não queria mesmo.

Em primeiro, incumbe-me reverência perante todos os meus concidadãos que perderam no sábado a vida na Madeira, depois, devo um sentimento de pesar para com todos os madeirenses vítimas dessa malfadada tragédia.

Disse no último post que, não era tempo para a crítica. Disse e volto a dizer. Eu não a fiz no Sábado, nem o farei hoje.

Considero que os possíveis motivos de crítica, se tornam verdadeiramente incipientes perante a pesada factura que foi paga pelo povo da Madeira, sejam eles um simples cidadão ou o mais reputado dos governantes e, porque estou totalmente convencido, que na reconstrução que se segue, vai haver um outro olhar e postura. Não quero com isto dizer, que não percebi rapidamente, que a causas naturais, alicerçadas numa precipitação atípica, na orografia da ilha e na composição dos seus solos, se associaram erros de Ordenamento e Gestão do Território, tornando quase ou praticamente inevitável a tragédia.

Quero antes, frisar a resposta célere, eficaz e assertiva que tem vindo a ser dada a uma tragédia desta natureza por parte das Autoridades Locais e Nacionais.
Quero igualmente manifestar a minha surpresa, perante a serenidade, a maturidade e a determinação que têm mostrado, vítimas directas e indirectas (muitas das quais perderam entes queridos), muito diferente daquilo que temos visto noutros cenários de tragédia por esse Mundo fora.

Por fim, quero evidenciar o sentimento de perda e tristeza, manifestamente genuínos, demonstrado pelos Portugueses do Continente, para quem ainda tinha dúvidas, no sentir UNO da nação pátria, Portugal.

E A MADEIRA CONTINUARÁ A SER O JARDIM DE PORTUGAL.

P.S. – Ao escrever este texto e durante estes dias, não pude deixar de lembrar a memória da minha colega de Universidade, madeirense, Carla.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

MADEIRA - FORÇA, CORAGEM E ESPERANÇA.

E, chegou a nossa vez…

Ainda há cerca de um mês assistimos impotentes às imagens de destruição e dor, que nos chegaram do Haiti em consequência de “um golpe da natureza”. Estávamos longe de imaginar que essas mesmas imagens de destruição e dor (ainda que numa outra escala e com outro protagonista), nos bateriam à porta.

Há hoje em cada Português e em Portugal, um sentir de dor e grande pesar.

Para os madeirenses e para a Madeira, desde o Continente, um abraço fraterno e um ecoar profundo de FORÇA, CORAGEM E ESPERANÇA.

P.S. – Voltarei a este tema brevemente, para uma análise mais profunda. Em respeito a todos os que perderam hoje a vida, e, no meio das horas cruciais das operações de socorro, sou a abominar as vozes que já se levantaram, relativamente às diversas culpabilidades para a ocorrência do fenómeno meteorológico e numa fase seguinte o agravar das consequências.
Deixo claro, que é de todo essencial fazer essa discussão.

Não hoje.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

SIM. NÃO.

Foto: Samuel Ramos Patrocínio

A assumpção clara de que este Blog, é cada vez mais NOSSO e menos MEU, leva-me a dissertar sobre temas, que são colocados por quem visita o PALAVRAS SEM JEITO. Para a visitante “Sarinha”, impunha-se uma reflexão sobre o que encerram as palavras SIM e NÃO.

Numa observação menos atenta e pouco reflectiva, trazer este tema para o blog, parece ser uma minudência, todavia, não é necessário fazer nenhuma tese para rapidamente entendermos, que estas simples palavras de apenas três letras, possuem um peso determinante na nossa vida, ou não seja o nosso percurso de vida, uma súmula de SINS e NÃOS.

Todos somos obrigados a tomar decisões. Em qualquer circunstância, “decisões” implicam sempre uma tomada de posição assente no princípio básico do SIM ou do NÃO.

Em todas as decisões apenas podemos optar por três situações, a saber:
1 – dizer SIM;
2 – dizer NÃO;
3 – dizer SIM ou NÃO, quando a nossa vontade era dizer o oposto.

Nos dois primeiros pressupostos, não existem interferências externas ou factores limitativos, que nos obrigam a condicionar a nossa resposta. A decisão é tomada de livre vontade, embora, nem sempre de forma totalmente assertiva, por óbvias limitações humanas na capacidade de previsibilidade relativamente a um acontecimento futuro.

No terceiro pressuposto, a nossa vontade é literalmente rejeitada, por nós próprios, devido a condicionalismos que nos obrigam a tomar uma posição diferente daquela que na realidade queríamos. Esses condicionalismos têm múltiplas origens, assentando na nossa dependência económica, social, intelectual, psíquica, sentimental e até física perante outrem.

Se nalguns casos a nossa dependência é de tal forma latente que, pouco ou muito pouco, pudemos ousar fazer para actuarmos de forma diferente (ou pelo menos tentarmos ir criando paulatinamente condições para que isso aconteça), sob pena de atendendo à nossa força sermos subjugados de uma forma quase definitiva, noutras há, que esses condicionalismos só o são devido à nossa covardia.

SIM. NÃO.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

SOMOS PORTUGUESES

Foto: Retirada da Internet / Sem indicação do autor
“Andamos em baixo e por baixo”. Uma grande, muito grande maioria dos Portugueses, responderia, não tenho dúvidas, desta forma se lhes fosse perguntado, qual o estado actual do país e dos próprios.

Há senda, os mesmos problemas de sempre, agravados pela crise (ou pseudo crise, ainda não percebi, engendrada pelo grande capital internacional), o contínuo pesadelo do défice e agora, o galopar vertiginoso da Insegurança (grandemente atribuído a cidadãos da Europa de Leste e Brasil). E, nem para aliviar algum nível depressivo, o estado do tempo para isso contribui, não vendo jeitos de voltarmos a ver o “nosso Sol”.

“Somos Portugueses”.

Somos um país pequeno, difícil de entendermos muita coisa, sem uma grande capacidade organizativa (pelos menos nos cânones nórdicos), burocratas, entre muitas outras características Lusas, que todos sabemos serem castradoras ao nosso desenvolvimento.

Mas, temos aquilo que provavelmente nenhum outro país do mundo tem. UMA HISTÓRIA DE ORGULHO. Que país do Mundo com a dimensão e o número de habitantes de Portugal, conseguiu o feito dos Portugueses.

Somos um país que deve o respeito de todos os outros. Que país do Mundo conseguiu um relacionamento tão profundo, em simultâneo com África, com a América, com os grandes colossos da Ásia (China, Índia, Japão e Indonésia) e um pouco com todo o resto do Mundo.
Quantos podem referir isso?

Que país atendendo mais uma vez à sua dimensão e população se pode arrogar de ter gente sua, nos mais vastos e diversos lugares de decisão, investigação, economia ou outros, no mundo.

Na verdade somos um país pequeno, mas “jogamos” na mesma área de influência dos grandes e por isso, por exemplo comparem-nos com a Grécia é um grande dislate, só pronunciado por algum tolo de circunstância.

Não servem estes argumentos para mudar o nosso curso presente, mas servem para entendermos que os Portugueses não são uma gente qualquer. São gente que quando quer, tem na sua genética a capacidade de reverter dificuldades em oportunidades que se tornam sucesso.

Somos Portugueses”. Mãos à obra.

P.S. – tem por objectivo este post, num momento muito complicado da nação, servir de alento aos Portugueses que o lerem.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

BRASIL ... NOVA ORDEM MUNDIAL


Escrevi recentemente num Post, que considerava o melhor de 2009 (a nível Externo), a influência cada vez maior que o Brasil vem tendo na senda Internacional, pelas mãos de Lula da Silva.
Esse esforço encetado pelo Brasil é notório, com a tentativa de “impor” uma posição de maior destaque em determinadas políticas Internacionais, em particular na designada América Latina.
Embora se vejam timidamente alguns resultados, a verdade é que o Brasil, praticamente não conta, aquando da determinação de políticas de cariz global, e, considero, que seria importante para um melhor equilíbrio geopolítico mundial que o país do Samba e Futebol tivesse esse maior peso internacional.

Torna-se quase incompreensível como um nação com a dimensão e a riqueza do Brasil, não apareça aos olhos do Mundo como um país a ter em conta. Como não seja na América um outro pólo da balança (não necessitando de ter políticas diferenciadas, nem de hostilidade), que contrabalance com os Estados Unidos e no Mundo com a Índia, China entre outros.

O Brasil tem todas as potencialidades, para passar a ser um país cuja voz, tenha eco profundo no Mundo e, não se dilua apenas como sendo o país do Samba, Carnaval e Futebol, ou por motivos menos dignificantes, como o país da criminalidade, das favelas e da prostituição.

Depende apenas dos Brasileiros (melhor organização interna), do seu querer e da sua vontade de terem um lugar no mundo, que, em meu entender, acabaria por equilibrar as várias tendências políticas mundiais, tendo como resultado directo, a criação de uma nova ordem mundial, com resultados que acredito, seriam muito benéficos a todos.

Espero que o Brasil saiba conquistar o espaço, em que, se deve movimentar.

p.s. - Dentro de algumas semanas colocarei um Post, sobre a Relação Portugal/ Brasil/ África em particular, Angola.