domingo, 14 de julho de 2019

“Uma Pedra de Empecilho no Sapato” 
Foto: Samuel Patrocínio
 
Já há muito tempo que não escrevia para o “Palavras Sem Jeito.” Mas hoje apeteceu-me escrever.
Portugal tornou-se há poucas horas, pela 16ª vez, Campeão do Mundo de Hóquei em Patins.
Sempre gostei muito desta modalidade. Nunca joguei, nem sequer sei andar de patins. Devo à rádio e em particular à Antena 1, ter-me incutido a paixão pelo Hóquei. Nos meus tempos de infância e adolescência, a rádio era o meu contacto com o Mundo. E a rádio, sempre fez questão de transmitir os relatos do Hóquei, em particular da Seleção Nacional, não nos Campeonatos da Europa e do Mundo, mas também anualmente do Torneio de Montreux, na Suíça. 
Mas não é de Hóquei que quero falar. É de Portugal.
Escusado será dizer, que assisti à final deste Campeonato do Mundo, que teve lugar em Barcelona entre a Argentina e Portugal. 
Na Cerimónia de consagração de Portugal, estava também a Seleção de Espanha, que obteve o 3º lugar. Apesar de simpáticos, o rosto dos atletas Espanhóis era de desalento. 
Nesse desalento veio-me à memória, a pequenez territorial de Portugal, e as incursões sucessivas que Castela empreendeu para conquistar e dominar este pequeno rectângulo.  E pensei, somos pequenos, por vezes menosprezados, mas a verdade é que se não valemos para outra coisa, valemos para o facto, de sermos “uma pedra de empecilho no sapato” daquelas nações que se julgam superiores. Em qualquer momento, pela ineficácia de ultrapassar e levar de vencida a determinação e força da nossa gente, nas mais diversas vertentes  e áreas da vida,  esses países são obrigados a reconhecer a sua impotência (E, isso dá-me gozo) perante um rectângulo que como diziam os Romanos, “não se governa, mas também não se deixa governar.” Inconsistências dos grandes. 

Obs: Apesar de ter nascido a ouvir dizer “Que de Espanha, nem bom vento, nem bom Casamento”, tenho contactado muito com Espanha, tendo a minha opinião sobre “nuestros hermanos”, vindo a alterar-se, contudo “Nunca confiar” definitivamente.  


3 comentários:

  1. Olá, Samuel!

    Como está? A filhota? Por aqui, tudo satisfatório, felizmente.

    Há imenso tempo k não passava por cá, pke tive de férias em agosto e a semana passada começaram as aulas, e claro, o trabalho começou a sério.

    Gostei tanto, mas tanto do seu texto! O que diz de Castela, da Espanha, há mto como país, é verdade, é mais k verdade, como se diz no nosso Alentejo.

    Já antes de 1143, data da assinatura do tratado de Zamora, e portanto da nossa independência, passámos "as passas do Algarve" com eles. Depois, a Crise de 1383-85, posteriormente o Domínio Filipino (1580-1640) e mais umas coisitas que nem quero lembrar (Descobrimentos Portugueses, o k a Espanha nos roubou).

    Somos um retângulo, pequeno, mas tivemos um Viriato, um Afonso Henriques, um D. Nuno Álvares Pereira e tantos outros, que sempre lutaram pela nossa soberania.

    De facto, ainda hoje, eu acho que a Espanha se acha um país mto superior a Portugal. Qdo vou ao Rosal da la Frontera, não noto tanto isso, mas em Sevilha, por exemplo é a olho nu-rs.

    Então, estamos de parabéns no Hóquei e não só. YES!

    Abraço e apareça, qdo quiser.

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  2. Samuel,

    Mto grata pelas suas palavras no meu blogue.

    "Entrar" em projetos desse tipo é desafiante e dá-nos até mais conhecimentos.

    Pasme -rs! Não tenho, por opção, nem Face, nem Instagram, nem Twitter, nem, nem -rs. Enfim, tenho um blogue e já me chega.

    Não sou mto dada às novas tecnologias. Prefiro palavras, escrita e leitura.

    Até breve e sucesso!

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  3. Que lindo, Samnio, o que dizes
    Por coração português
    Patriótico que fez
    Teu ser com esses matizes

    De luz, de cor e os vernizes
    Que lustram a ilustre tez
    Do orgulho teu e fez, talvez,
    Dois corações mais felizes!

    O teu, autêntico, em amor!
    Meu, adotado, se o for,
    Pulsa, sim, por Portugal

    Que não se verga! É senhor
    Do seu nariz e credor
    Da glória continental.

    Amigo, Portugal descobriu o mundo e livrou a Europa da fome. Parabéns! Lindíssimo texto, amigo! Laerte Tavares - de descendência do Porto.

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