segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos depois de 28 anos de MURO DE BERLIM


Enquanto coloco este post, o que não o poderia deixar de fazer, assisto pela televisão à “queda de 2 km de peças em dominó”, simbolizando o derrube do Muro de Berlim, sendo visível uma alegria esfuziante pouco comum no rosto do povo alemão, celebrando a vitória da LIBERDADE.
Disse que não o poderia deixar de fazer, porque desde muito novo, embora fisicamente distante, por intermédio de familiares que viviam quase “colados” ao Muro, contactei com muitas histórias de roubo da liberdade individual e colectiva de um povo, que não queria, nunca quis nem quererá, ser encarcerado pela filosofia dogmática de alguns ditos iluminados da nossa história universal, detentores de teorias de soberba inteligência, cujo paradigma se baseava no crer que a morte de um milhão de pessoas não passava de mera estatística.
Recordo-me, de ouvir histórias dramáticas e inenarráveis, daqueles que nunca cederam aos ditames do imperialismo Soviético e resistiram, perdendo quase sempre a vida ao tentarem a ansiada LIBERDADE com que sempre sonharam.
20 anos depois de 28 anos de Muro de Berlim, já todos tiveram oportunidade de entender que o Muro representava a diferença entre ter ou não ter DEMOCRACIA (lida em sentido lato – dava muitos posts) e consequentemente LIBERDADE.
Disse, tiveram.

O facto é que infelizmente em Portugal, muitos há que gostam de viver a LIBERDADE do lado de cá do Muro, mas pensam nostalgicamente na REPRESSÃO do lado de lá do Muro.

Pena é que nunca tivessem vivido do lado de lá do Muro, porque certamente já tinham demolido o SEU MURO de natureza mental.

P.S – Os resíduos resultantes do Muro, serviram para “betonar” as frágeis estradas da Alemanha de Leste.

6 comentários:

  1. viva a liberdade. viva a democracia. v.

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  2. Este é dos posts mais bem feitos para mim...não concordo com o anonimo que diz viva a liberdade, nunca se poderá viver em liberdade porque essa cria anarquia, viver em democracia,sim.
    O Muro de Berlim, ou o designado muro da vergonha aquele que separou o mundo, mas não separou a verdade, um dia ele caiu...e que pena é não cair tambem ainda tantas utopias dos que vivem do lado de cá a pensar como os que já nem existem do lado de lá.
    Tenho uma amiga Ucraneana (amiga sim, já nos "aturamos" há 9 anos), fui eu quem estava a seu lado quando o filho mais novo nasceu, tudo correu bem até que o bébé ficou muito doente...foi um tempo dificil para esta familia mas para mim também...ouvi tantas vezes desta mãe desesperada que se tivesse na ucrania era diferente, que lá o seu filho estaria curado...curou-se hoje é um menino
    lindo. esta história é importante para a seguinte outra amiga foi de férias á ucrinea e apanhou gripe A, toda a região tava atacada, não tem medicamentos nem sabem os médicos como actuar. Hoje a mãe do bébé diz se ela tivesse cá, já estava curada ou pelo menos sabia ao certo o q tinha.

    Assim se vê a diferença da Europa que o muro separou.

    SPCR

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  3. É bom que não se esqueça o passado, para que não cometamos os mesmo erros.
    E aproveito este post para não deixar esquecer um muro dos nossos dias entre Israel e a Palestina, onde a Cijordânia é também invadida pela mesma barreira. Onde a infelicidade impera, porque alguém disse querer criar uma barreira ao terrorismo...o que para além de não acabar com terrorismo nenhum, avivou conflitos, mesmo internos!

    Prefiro não me alongar mais,é só um asterisco... mas gostei como é exposta aqui a questão alemã! Parabéns pelo espaço!

    Beijo:
    C&L :)

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  4. Muito bom seu blog e esta postagem muito bem feita, temos que os lembrar sempre das ditaduras, mesmo as que não possuem muros para que não voltemos aos erros do passado. beijos e obrigada pela visita e uma boa semana

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  5. vivi durante 27 anos na Alemanha e convivi de perto com a realidade do muro. podem ter a certeza que era mesmo o muro da vergonha e dos horrores. Já li muita coisa sobre o muro e leio tudo o que apanho sobre a Alemanha sendo este para mim um dos melhores textos que já li sobre o muro. muitos parabéns de verdade. ana costa, 61 anos de lisboa.

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  6. grande, grande texto. muitos parabéns, sem dúvida como muitos acima já escreveram do melhor que já vi sobre o tema.
    carlos andré gomes - lx

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