domingo, 2 de outubro de 2011

PORTUGAL - INFELIZMENTE, NÃO VAI CUMPRIR


Se até há última entrevista do Ministro das Finanças, encerrava em mim, uma ténue esperança, de que Portugal, iria conseguir, com muito esforço, espirito de sacrifício (para alguns claro) e dedicação sair do “colossal” pantanal de areias movediças em que nos encontramos, hoje, não tenho qualquer dúvida de que isso não vai acontecer. Portugal não vai conseguir, cumprir com “ditames” que se comprometeu com a Troika.

Não tenho dúvida que mais operação de cosmética aqui, mais imposto ali, mais corte acolá, fará com que encerremos 2011, nos valores ou perto do défice acordado.

O Pior vem a seguir.

Em 2012, atendendo ao estado de economia das famílias e das empresas (das que restarem), não há qualquer tipo de hipótese da obtenção das verbas necessárias, para a continuação da diminuição do défice, isto, porque iremos entrar no estado de recessão económica, nunca antes visto em Portugal. Pelos dados e por aquilo que se já vai vendo, não são precisos números, para intuir com total certeza o que atrás afirmei.

Não sei se entraremos em períodos conturbados de conflitualidade voraz, mas sei que o caminho para a nossa recuperação económica, bem como a da Europa (porque se ainda não perceberam – julgo que já todos entenderam - , país após país, um atrás do outro irá cair, até mesmo a Alemanha, irão a cada dia que passa entender amargamente esta realidade).

A Europa deixou-se ultrapassar pelos acontecimentos e vergou-se completamente à crise do sub-prime (isto claro, sem isentar também a responsabilidade individual e de soberania, numa série de países, particularmente do Sul, e até mesmo da Alemanha que apresenta um buraco de 5 biliões de Euros).

Só há duas respostas possíveis, ou a criação de uma união económica federal, com um ministro das finanças, da zona Euro, criando-se assim os chamados Eurobonds, ou, em cada país, baixar os impostos, fazer as revisões estruturais necessárias (sem entrarmos num neoliberalismo selvagem), aumentar nos prazos que forem necessário para o pagamento das dívidas, porque só desta forma iremos conseguir produzir, criar riqueza, fazer poupança e pagar a divida. De outra forma, não vale a pena estarmos com muitas preocupações por que não haverá produção, mas sim desemprego e fome.

Pensem o que quiserem, sou de direita, mas penso assim, e, veremos se não terei razão?

2 comentários:

  1. Amigo Samnio:
    Sinceramente todo este cenário está-me a por doente e deprimida.
    Apesar de não ser de direita, concordo plenamente consigo.

    Beijinhos e obrigada pelo seu comentário no aniversário do meu blogue, o amigo está sempre desculpado :)

    beijinhos e tudo de bom para si e para os seus

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  2. COMPLETAMENTE DE ACORDO CONSIGO. As coisas parecem-me até demasiado claras! Quem tem maiores responsabilidades (tanto a nivel europeu, como no nosso país), já há muito sabe estas verdades, já há muito viu claramente as coisas, mas continuam hipócritamente a navegar nas mesmas ondas e na mesma direcção... Talvez porque o deles, está e vai estando garantido (em larga maioria)pelo povo, que vai assim alimentando o monstro. Não sou obviamente de direita e por isso mesmo tenho uma visão um pouco mais radical do fim de toda esta palhaçada. Lamentavelmente, não vejo outro caminho senão o de algo de muito dramático para as sociedades no futuro!

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