domingo, 11 de julho de 2010

PEQUENEZ

Van Gogh

Nunca senti tanto como nas duas últimas semanas, a pequenez no mais recôndito e miserável sentido da palavra, em que se tornou o pensar e o agir de uma boa parte dos portugueses.

Mentiria se dissesse que não tenho vindo a sentir em crescendo este “fenómeno” de há uns anos a esta parte, porém, jamais vislumbrei que a decadência de SER, de parte do nosso povo poderia chegar a um fim de linha, tão paupérrimo e, a culpa não é da famigerada crise, ou por outra, é da crise, mas da crise de valores.

Como é que é possível que:
- não se entenda nos dias de hoje que a Educação, é um bem tão essencial, como alimentar o corpo e respirar.
- se troque a capacidade de um futuro profissional, por formações vazias de âmago, assentes na frivolidade, tão ao jeito de episódios telenovelísticos, que umas tantas televisões nos teimam em impingir.
- para se obter uma determinada vantagem sobre outrem, vale mentir, enganar, obrigando outros por consequência e involuntariamente a fazer o mesmo.

- enfim, como é que é possível, como é que é possível…

Esperemos que o novo povo e particularmente os nossos jovens (lido até aos 40 anos), entendam que o sermos um país pequeno, é muito diferente de sermos um país de pequenez.

6 comentários:

  1. é, estamos a viver momentos muito dificieis. E, este nosso povo não enxerga que tem de mudar.
    Temos de pugnar novamente por valores, que são essenciais, sobre pena de um dia tudo ruir.
    cátia.

    ResponderEliminar
  2. Este momento é verdadeiramente complicado, uma sociedade só é responsavel se tiver um padrão etico respeitavel, ora hoje perdeu-se a etica, perdemos, todos.
    A pequenez somos todos que a cultivamos, todos achamos que somos mais inteligentes que os outros, mais responsaveis, mais trabalhadores e tudo isso é fraqueza um ser humano só é grande quando olha para os seus filhos e abdica do seu MUITO precioso tempo para os ouvir e não para se fazer ouvir. É assim que se criam filhos promissores e grandes.

    ResponderEliminar
  3. É também esta tristeza que eu sinto meu amigo.
    E pior que a pequenez é a exaltação da mesma em tudo que é notícia.
    Há jornais, revistas e programas televisivos que eu tenho vergonha de os ver e ler, e penso como pode existir leitores , ouvintes e espectadores para tanta "barbaridade" moral.
    Se calhar já somos poucos, muito poucos a pensarem assim.

    beijinho

    ResponderEliminar
  4. carlos say:
    É por essas e por outras que estou a pensar em emigrar.
    Este país infelizmente já não é para os portugueses que querem trabalhar, desenvolverem o país e serem respeitados pelo Estado.
    Chega.

    ResponderEliminar
  5. melhor diria o cant'autor:

    "ai, Portugal, Portugal
    de que é que tu estás à espera
    Tens o pé numa galera
    e outra no fundo do mar"

    É o "PQT, QMNQFCQE" leia-se País Que Temos, Que Muitos Nos Querem Fazer Crer Que Escolhemos"

    F.R.

    ResponderEliminar
  6. Amigo:
    Não queria ir de férias sem me despedir, espero e desejo que esteja tudo bem consigo!
    Até lá!

    Beijinhos

    ResponderEliminar