quinta-feira, 1 de abril de 2010

GUINÉ-BISSAU / A SENDA DO COSTUME

Amilcar Cabral
Foto retirada da Internet / Sem indicação do Autor

Faz-me alguma confusão, mas admito tratar-se de incapacidade minha em compreender, que determinados países onde se impunha uma maior estabilidade política, assente obviamente no preceito democrático tal como o conhecemos no Ocidente, se envolvam constantemente e de forma reiterado em atropelos, muitos dos quais violentos, ao poder ditado pela mão do Povo.

Bem sei, que em “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”, porém, não é com atitudes simplistas, de ocupação do poder pelo valor das armas que se consegue obter, o tão apetecível e necessário “Pão”. É pela honestidade de quem governa, pelo trabalho, pela dedicação e pelo esforço individual e colectivo, que se consegue inverter o rumo de qualquer país, pelo menos, eu assim penso… mas, admito mais uma vez ter um QI tão deprimentemente baixo que me impeça de ver com razoabilidade aquilo que outros vêem como a pílula da salvação milagrosa de um país. Ou, estarei a evocar-me e quereria antes dizer “a pílula da Salvação milagrosa do seu bolso.”

Partindo do princípio que queria dizer a última frase, pelo que a minha memória tem alcançado, salvo raras excepções nos últimos anos, os brilhantes autores de tais proezas, não chegam a ter tempo de “vincar/moldar” o trono, porque outras tantas mentes esplendorosas, não resistem ao teorema de “se tu pudeste, eu também posso”.

Sem mais argumentos, vem tudo isto a propósito de novas conturbações de ordem político-militar (se assim se podem chamar), de que foi alvo mais uma vez a Guiné-Bissau.

Dir-me-ão, que não conhecerei África, a sua cultura e a forma de pensar das suas gentes, responderei, que talvez. Dir-me-ão que o que se passa, não é mais do que uma normalidade inerente à forma de pensar e estar na vida dos Guineenses, Digo que pode até ser. Mas digo mais, digo que o povo comum não merece o resultado directo ou indirecto destas contendas, porque e “sem poeira para os olhos”, eles acontecem, ou não seja a Guiné-Bissau é um dos mais pobres países do Mundo. (Há, já sei, não há problema, existe um culpado, de nome “Danos Colaterais – leia-se Povo”, portanto está tudo desculpado.)

E, aventuro-me a dizer mais, sinto que o esforço que todos fazemos através dos nossos impostos, com as ajudas que Portugal dá à Guiné-Bissau, não podem nem devem servir para que uns tantos se “divirtam”, aos “tirinhos”.

Para o Povo da Guiné-Bissau um bem haja, coragem, determinação, força e acreditem, são vocês e, apenas vocês, que podem dar um rumo justo, pacífico e na senda do progresso do vosso país, para que um dia os vossos filhos se orgulhem de vós.

1 comentário:

  1. S.
    Desconheço a realidade Guiniense. Deve ser identica à de todos os paises Africanos, governados por um punhado de gente que pensa primeiro nos interesses pessoais e depois no dos demais. A exemplo dos restantes paises. Com a diferença que estes se aguentam mais tempo e que conseguem roubar mais, pois o sistema esta melhor montado......

    boa páscoa

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