quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

JARDIM DE PORTUGAL

Foto: Samuel Ramos Patrocínio

Este não era o post que eu queria fazer. Não… não queria mesmo.

Em primeiro, incumbe-me reverência perante todos os meus concidadãos que perderam no sábado a vida na Madeira, depois, devo um sentimento de pesar para com todos os madeirenses vítimas dessa malfadada tragédia.

Disse no último post que, não era tempo para a crítica. Disse e volto a dizer. Eu não a fiz no Sábado, nem o farei hoje.

Considero que os possíveis motivos de crítica, se tornam verdadeiramente incipientes perante a pesada factura que foi paga pelo povo da Madeira, sejam eles um simples cidadão ou o mais reputado dos governantes e, porque estou totalmente convencido, que na reconstrução que se segue, vai haver um outro olhar e postura. Não quero com isto dizer, que não percebi rapidamente, que a causas naturais, alicerçadas numa precipitação atípica, na orografia da ilha e na composição dos seus solos, se associaram erros de Ordenamento e Gestão do Território, tornando quase ou praticamente inevitável a tragédia.

Quero antes, frisar a resposta célere, eficaz e assertiva que tem vindo a ser dada a uma tragédia desta natureza por parte das Autoridades Locais e Nacionais.
Quero igualmente manifestar a minha surpresa, perante a serenidade, a maturidade e a determinação que têm mostrado, vítimas directas e indirectas (muitas das quais perderam entes queridos), muito diferente daquilo que temos visto noutros cenários de tragédia por esse Mundo fora.

Por fim, quero evidenciar o sentimento de perda e tristeza, manifestamente genuínos, demonstrado pelos Portugueses do Continente, para quem ainda tinha dúvidas, no sentir UNO da nação pátria, Portugal.

E A MADEIRA CONTINUARÁ A SER O JARDIM DE PORTUGAL.

P.S. – Ao escrever este texto e durante estes dias, não pude deixar de lembrar a memória da minha colega de Universidade, madeirense, Carla.

4 comentários:

  1. Queria felicitá-lo por não ter tentado com inúmeros prognósticos de bancada criar maus nesta lamentável situação.
    Em todas e quaisquer catástrofe, tenta-se sempre arranjar culpados, aliás em tudo na vida que corra menos bem que existir sempre culpados para nos sentirmos melhor, só que nestes momentos terríveis, analisar culpas é destruir ainda o pouco animo de recuperar, os madeirenses merecem paz para se recomporem, toda a ajuda possível e o mínimo de culpas para que rapidamente a Madeira possa estar cheia do que a mantém viva o Turismo e os Turistas.
    Alberto João Jardim tem razão quando afirma que temos que fazer tudo sem prejudicar mais, assim bom senso á comunicação social e a todos os que tem a mania de apontar o dedo.
    Um abraço sentido aos Madeirenses

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  2. O meu amigo fez aquilo que a meu ver é o que importa fazer perante as atrocidades da vida : Enaltecer os aspectos mais positivos da situação, colocar mãos à obra e avançar rumo a uma evolução mais positiva. Esta para mim é a mentalidade e a postura que talvez devessemos ter em tempos dificeis (sejam eles do que forem), porque vida só temos uma e enquanto ela decorre devemos virar-nos para a luz, aprendendo sempre com os supostos erros, erguer-mo-nos e voltarmos a sorrir!
    Também enalteço a forma de estar exemplar dos Madeirenses nesta terrivel situação. Para eles o meu grande bem haja.
    Abraço
    Cristina

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  3. É na adversidade que vemos o verdadeiro carácter das pessoas.
    Como bem escreveu, há que enaltecer a coragem dos madeirenses e transmitir-lhes a nossa solidariedade.

    Um abraço

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  4. Foi uma grande tragédia para a Madeira e para Portugal. Há que aprender com o passado e construir um futuro diferente. Os Madeirenses têm demonstrado uma força muito grande, que chega a impressionar, pela alma e garra com que têm abordado esta tragédia.
    Um grande abraço para a Madeira.
    v.

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