Não, não vou propriamente fazer um post dedicado a esse livro que estão a pensar, nem sequer citar o nome do seu autor, porque assumidamente e sendo este espaço meu, esse nome não entra, por uma série de razões que não me vou dar ao luxo de abordar.
Quero apenas que fique claro que sou sempre a favor da liberdade de expressão responsável, mesmo que essa seja levada ao limite.
Seja quem tenha sido Caim, a verdade é que se fala cada vez mais, daquilo a que não é novo, mas que se tem vindo a agudizar e que designo por “Cainização” da nossa Sociedade e que assenta em:
- que cada vez mais, a dignidade de CARACTER é cada vez menos um valor prioritário, da nossa sociedade. Parece que o que apenas conta, é atingir um determinado objectivo, independentemente de se olhar a meios.
- que salvo raras excepções, não há pejo em utilizar tudo com o objectivo final de se atingir algo.
- é cada vez é mais difícil conseguir viver-se ou até mesmo sobreviver-se neste matagal de ervas daninhas, usurpadoras dos mais básicos e elementares valores de vivência e convivência em sociedade.
- de uma forma quase geral, foi desenvolvida uma enorme capacidade de maleabilidade teatral, que leva o individuo a parecer um manso cordeirinho, mas que na realidade não passa de um esfaimado lobo, sem qualquer apego ao designado “ peso de consciência”.
Desenganem-se se me considero excluído da “Cainização”, NÃO, de modo nenhum, porém há situações em que ainda não me revejo e espero nunca me rever.