
Resultados dos CENSOS 20111 no Distrito de Beja, apenas e só o maior distrito em área do país.
Moody’s, a palavra que indiscutivelmente entrou esta semana no léxico nacional. Portugal atónito viu esta agência de rating, professar que economicamente a república portuguesa, vale o equivalente a lixo.
Sobre as agências de rating, não posso estar mais de acordo com a maioria dos comentários de empresários/políticos/comentadores, que têm proliferado no espectro comunicacional cá do sítio, que comungam, que as notações desta agência e de outras similares, têm um peso excessivo e especulativo na decisão dos mercados. Comungam igualmente, e eu também concordo, que existe claramente e à descarada uma ofensiva contra o euro, mas principalmente contra a Europa. Na Europa por sua vez, pela primeira vez, algumas vozes aumentaram os decibéis, e publicamente ousaram criticar estas famosas agências.
Nesta história, tudo isto eu percebo, mas existe, um ténue pormenor, que eu não consigo perceber, mas que admito, poder dever-se a uma certa deficiência neuronal, quando em comparação com os grande doutorados da nossa praça e do resto da Europa. Se toda a gente já entendeu o que pretendem as agências de rating, isto para não falar já da sua mais do que duvidosa credibilidade (veja-se o episódio Lehmam Brothers), como é que os grandes cérebros, os intelectualíssimos das finanças, os reverendíssimos senhores professores das imaculadas e prestigiadíssimas universidades do mundo, seguem e idolatram, as notações destas agências, que colocam a vida dos países, empresas e suas populações, amarrados aos seus ditames.
Posto isto, e deixando de lado “o murro no estômago”, que Portugal sofreu, a verdade é que com mais notação ou menos notação das agência de rating, o nosso país irá necessitar de ajuda suplementar/reestruturação ou outro qualquer plano, pois é impossível haver sucesso, por muito bons que sejam os nossos governantes actuais (e eu espero e tenho fé que sejam), devido ao facto de nos cobrarem a impraticável taxa de juros na casa dos 6%. Com esta taxa de juros, é impossível reverter-mos a situação económica de Portugal. Podemos esforçar-nos, podemos tentar tudo, mas, esta grandeza de taxas deita tudo a perder. A somar a isto, a falência da Grécia. A Grécia há muito que já caiu, falta apenas uma questão de tempo para que lhe seja determinado o óbito.
Nos próximos meses a população portuguesa, vai sentir a dureza da conjugação de uma série de medidas, acordadas com a Troika (e não é o corte no subsidio de Natal, que será o problema), que vão ter consequências imprevisíveis na vida de cada um de nós, das empresas e do próprio país.