ENSINO PROFISSIONAL / RANKING
Desenho: Samuel Patrocínio
Nas últimas duas
décadas o Ensino Profissional, principalmente o que é ministrado nas Escolas
Profissionais, tem tido um papel preponderante no desenvolvimento de Portugal (quase
sempre ignorado e pouco valorizado), ao permitir, a milhares jovens, a construção
de competências que lhes possibilitam o exercício de uma Profissão.
Desde a sua formação
que o Ensino Profissional, tem sido um Ensino de Qualidade, particularmente o
que é ministrado pelas Escolas Profissionais.
Não irei no presente
post, discutir a propagação do Ensino Profissional, às Escolas Secundárias, mas
em jeito de tweet, a meu ver, em nada
beneficiou a qualidade geral do Ensino Profissional. Acredito e defendo que o Ensino Profissional é nas Escolas Profissionais.
Há dias fui confrontado
com um ranking, para as Escolas com Ensino Profissional, sejam elas
Profissionais ou Secundárias.
Acontece que esse
ranking, pelo que sei, foi elaborado por um dos “nossos” jornais (pelo menos
foi quem lhe deu eco), assente apenas numa única premissa. A premissa considerada
foi o percentual de alunos que concluem o Ciclo de Formação.
Escalonar Escolas
assente numa única premissa, nem se pode dizer que seja redutor, porque apenas
um dado, em educação, não permite escalonar o que quer que seja.
Não se avaliou Projectos
Educativos, não se avaliou Parcerias e Protocolos, não se avaliou o número de
alunos que entrou no Ensino Superior, não se avaliou a qualidade de
competências dos alunos, entre muitos,
muitos outros parâmetros.
O modus operandi de uma determinada Instituição Escolar, é diferente
do de outra. Logo, o rigor também é diferente. Há sempre umas Instituições, que têm “peneiras” com
dimensões muito reduzidas, que apenas deixam passar minério valioso, e outras
que têm outro tipos de peneiras, que deixam também passar algum cascalho.
Julgo que as Escolas
consideraram estes dados apenas como dados referenciais. Leviano seria considerá-lo de outra forma. E, certamente que a
grande, grande maioria nem sequer os valorizou.
Ainda assim, houve quem os valorizasse.
Mas quem sabe se um dia a “moda
pega (valorização dos dados)” e a caixa de Pandora se abre. Nesse
caso ficará escancarada a Auto-estrada para a Degradação da Qualidade do Ensino
Profissional.
P.S – Concordo com um
Ranking do Ensino Profissional, desde que, haja uma parametrização equilibrada e
coerente das diversas variáveis que constituem o Projeto Educativo.
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