quinta-feira, 8 de junho de 2017

O  Exemplo de Theresa May



Hoje o Reino Unido foi a votos. Foi a votos embrenhado na raiva de lutar contra um inimigo cruel, que apenas se mostra com o único motivo de fazer dor, criar a desconfiança e acabar com a forma livre, de homens livres pensarem, actuarem e viverem livremente.

Mas não é de Terrorismo, que vos quero falar neste post. Falarei num outro.

Quero-vos falar do exemplo que a primeira-ministra Inglesa, deu a alguns líderes mundiais. Reformulo a frase, poderá ter dado a alguns líderes mundiais. Digo, poderá, porque alguns desses líderes, possuem uma concepção política arreigada na tacanhez intelectual, no esvaziamento ético, e na profusão da sobranceria, da arrogância, da maldade, e da estupidez… (isto apenas para abreviar os adjectivos, com que os poderia epitetar), que muito provavelmente nem terão amplitude para perceberem o alcance da lição de May.

Theresa May, recebeu de mão beijada, o cargo de primeira-ministra, após o desaire na votação, imposta por David Cameron (também ele conhecedor das regras da Democracia, e que delas tirou as devidas ilações),  que deu inicio ao Brexit. 

Legitimamente poderia ter continuado no seu cargo, até à data legal das próximas eleições. Não o quis. Pediu eleições antecipadas. Quis adquirir legitimidade popular, coisa que esses líderes mentecaptos não sabem o que é. 

Sujeitou-se a sufrágio, podendo como em todos os actos eleitorais, perder a sua cadeira no número 10, da Downing Street. Mas impôs, legitimar o seu cargo  ouvindo a Voz do Povo. Recebendo do Povo, a confiança para governar.

Mostrou que a democracia que se vive nalguns países, particularmente no espaço geográfico europeu, apesar de grandemente imperfeita, ainda é em quaisquer circunstâncias, a única resposta “perfeita” que permite ter  homens livres, a pensarem, actuarem e viverem livremente. 

p.s:                       
a) - À data de conclusão deste texto, May, ganhou as eleições. Desconheço porém, se terá no Parlamento condições para governar.

b) – Muitos dirão que May, pediu eleições antecipadas por pura estratégia política. E, terão certamente razão. Acontece porém que essa é uma das regras da Democracia e outra é que nenhuma eleição se considera vencida até à contagem final dos votos. Ir a eleições é sempre um mérito. Fugir de eleições é uma covardia.
           

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