Pela Rádio me Enamorei
Não tenho pela Rádio uma Paixão, tenho pela Rádio um Enamoramento constante e diário.
Desde que me conheço dever-se-ão contar pelos
dedos da mão, os dias que passei sem ouvir Rádio. Todos os dias tenho encontro marcado
com a Rádio, onde quer que esteja, perceba ou não o idioma em que está a ser
emitida.
Mas não sou apenas um mero ouvinte. Conheço a Rádio por
dentro. Sem falsa modéstia, desde 1993 que tenho sido “Rádio” para outros.
Não, não sou
profissional, mas na Rádio já fiz praticamente um pouco de tudo. Produzi,
moderei, comentei, reportei … do guião à voz, a Rádio faz parte do pulsar da
minha vida. Por quatro estações de Rádio passei, nas quatro, vivi de forma
empolgante a magia da Rádio.
Desde que me conheço, que a paixão pela comunicação, sempre
fez parte de mim. Queria ser Jornalista. Desde sempre e ainda hoje, fora do
estúdio da Rádio, dou comigo no meu mundo da ficção, “a inventar programas”, a
fazer spots, a narrar notícias…
Não, não sou profissional, mas se há coisa na vida que eu sei
que faço bem, tão bem que me arrisco a dizer sem falhar um milímetro, que se
estivesse numa Rádio de âmbito Nacional, estaria ao nível dos melhores.
Quis a vida que a minha opção universitária, não fosse
devidamente ponderada e seguisse um caminho diferente do Jornalismo. Quis a
vida que desde a minha frequência universitária que o Jornalismo nunca morasse
longe de mim.
Uma “carreira” (sim carreira) de mais de 20 anos de Rádio,
com a tónica ligada à informação, e se me permitem um parêntesis, uma carreira
extra-Rádio com mais de uma centena de colóquios moderados e na sua maioria por
mim organizados, por onde passaram nomes como Carlos Carvalhas, Durão Barroso,
Francisco Louçã, Garcia Pereira, Odete Santos, Pedro Mota Soares, Ana Gomes,
Capoulas Santos e muitas centenas de outros mais.
Colóquios que por duas ou três vezes, conseguiram estar nas
primeiras páginas de Jornais Nacionais. Não estou a falar de uma informação de
rodapé no interior do Jornal, estou a falar na primeira página onde por norma
apenas o sensacionalismo vende.
Não sou Jornalista mas estou orgulhoso da minha “carreira”.
Para mim a Rádio não é uma “máquina” de debitar música com
uma ou outra frase solta pelo meio, para mim a Rádio é informação, é ouvir e
dar voz a quem está do outro lado, é comunicar…e comunicar é falar… não há
outro jeito de fazer Rádio.
Hoje é o Dia Mundial da Rádio, amanhã o dia dos Namorados.
Pela Rádio me Enamorei.
Que bonito esse enamoramento meu amigo.
ResponderEliminarFazer o que se gosta e principalmente fazê-lo bem é mesmo para ter orgulho.
Um beijinho