O ACORDO DO DESACORDO
Apesar de saber que o acordo ortográfico para a Língua
Portuguesa nunca ter sido pacífico, com muitos intelectuais portugueses e não
só a reclamarem o seu fim, a verdade, é que fui hoje surpreendido com a notícia
de uma eventual suspensão do mesmo.
Em bom rigor sou dos que nunca viu com bons olhos este acordo.
Não posso contudo, corroborar com esta intenção de o suspender, pela simples
razão, de já termos uma geração de crianças totalmente “formatadas” a este
acordo.
Não podemos tratar a Língua Portuguesa com leviandade. Hoje
pensamos assim, amanhã, queremos mudar, no outro dia voltamos atrás. A Língua é
um “edifício” estruturante, que não permite alterações profundas constantes. Assumimos
que queríamos o acordo. Impusemo-lo nas Escolas e às nossas crianças. Resta-nos
assumi-lo, ainda que dele possamos não gostar.
Devo referir que não sei totalmente escrever à luz do acordo.
Nunca me consegui adaptar. Situação que é partilhada pela generalidade daqueles
que fazem parte do meu ciclo social. Faço, infelizmente, uma escrita híbrida.
Agora imaginem as nossas crianças e adolescentes terem subitamente de alterar
as suas regras ortográficas.
O acordo mal ou bem foi assumido, cumpra-se.
Concordo em absoluto com o que escreveu amigo Samnio.
ResponderEliminarAs crianças não têm culpa dos erros dos adultos.
Um beijinho e bom fim de semana