quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

DESCOLONIZAÇÃO - A TESE


Sempre afirmei e escrevi aqui em post anterior, que a Descolonização portuguesa em África, era uma inevitabilidade. 

O que não era uma inevitabilidade, foi a forma como os dirigentes portugueses da altura, NÃO trataram dos interesses legítimos dos seus naturais que viviam nesses países

Apesar de muitos, hoje, justificarem a tragédia da descolonização, como sendo resultado de um conjunto de factos que se conjugaram e ultrapassaram a vontade da classe política e militar dirigente, tenho, também hoje eu por convicção, que a não salvaguarda legítima dos interesses dos portugueses que viviam nas colónias, foi intencional e deliberada.

A possível chegada a Portugal de um grande número de portugueses, que de uma forma geral possuíam posses, com uma visão ampla do mundo e da vida, colocou receios à classe política, não só porque temeram convulsões sociais dos portugueses “locais”, como hiper-temeram que estes constituíssem uma força política, passível de ter protagonismo e desta forma controlassem ou co-controlassem o Governo, colocando completamente em risco, ambições políticas e outros interesses (bem interessantes) de muitos.

Com subtileza e aproveitando a maré, apostaram no caos. Deixaram os seus concidadãos à mercê do nada, da injustiça, do sofrimento. Quebraram-lhes os sonhos, mataram-lhes a juventude, destruíram-lhes vidas… e o resto … o resto da História, todos conhecem, mas tem muito que se lhe diga.





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