DESCOLONIZAÇÃO - A TESE
Sempre afirmei e escrevi
aqui em post anterior, que a Descolonização portuguesa em África, era uma
inevitabilidade.
O que não era uma
inevitabilidade, foi a forma como os dirigentes portugueses da altura, NÃO trataram dos interesses
legítimos dos seus naturais que viviam nesses países.
Apesar de muitos, hoje,
justificarem a tragédia da descolonização, como sendo resultado de um conjunto
de factos que se conjugaram e ultrapassaram a vontade da classe política e
militar dirigente, tenho, também hoje eu por convicção, que a não salvaguarda
legítima dos interesses dos portugueses que viviam nas colónias, foi intencional e deliberada.
A possível chegada a
Portugal de um grande número de portugueses, que de uma forma geral possuíam
posses, com uma visão ampla do mundo e da vida, colocou receios à classe
política, não só porque temeram convulsões sociais dos portugueses “locais”,
como hiper-temeram que estes constituíssem uma força política, passível de ter
protagonismo e desta forma controlassem ou co-controlassem o Governo, colocando
completamente em risco, ambições políticas e outros interesses (bem
interessantes) de muitos.
Com subtileza e
aproveitando a maré, apostaram no caos. Deixaram os seus concidadãos à mercê do
nada, da injustiça, do sofrimento. Quebraram-lhes os sonhos, mataram-lhes a
juventude, destruíram-lhes vidas… e o resto … o resto da História, todos conhecem,
mas tem muito que se lhe diga.
Extremamente lúcidas as suas palavras.
ResponderEliminarFelicito-o vivamente.