SIM…
PELA INTERDIÇÃO A MENORES DE 18 ANOS
Foto: Samuel Patrocínio
E,
eis que a propósito de uma exposição fotográfica do fotógrafo norte-americano
Robert Mapplethorpe, patente em Serralves se agitaram as “consciências” dos
paladinos da Liberdade de Expressão, pelo facto de terem sido interditadas
algumas obras do fotógrafo a menores de 18 anos.
Não
quero saber, nem quero abordar aqui, porque me estou marimbando para a demissão
do Director Artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Quero apenas
dirigir-me a um conjunto de factos, que enquanto cidadão, pai, licenciado num
curso no âmbito das artes, por conseguinte, também com alguma formação nesta
área, me deixaram, parafraseando uma colega “deveras bruto.”
Não
sou nem nunca fui, contra a Liberdade de Expressão, apesar de nem sempre
concordar com tudo o que à boleia da Liberdade de Expressão se faz e diz. Neste
âmbito, cito Voltaire, “Não concordo com o que dizes, mas defendo até à morte o
direito de o fazeres.”
Mas,
também não me deixo iludir por determinados indivíduos, que se arrogam em
arautos de sabedoria suprema, únicos possuidores da capacidade visionária e que
julgam todos os outros como seres encéfalos. Julgam produzir Arte. Argumentam
que pintam fora da folha, quebram tabus, derrubam cânones, escandalizam outros,
e julgam que por fazerem isso produzem Arte.
Como
produzem Arte (julgam eles), consideram-se acima dos restantes mortais, na
galeria dos deuses, e têm o direito a expôs a sua bostaria como querem e sem
qualquer restrição.
Não
estou com isto a dizer que o falecido fotógrafo Robert Mapplethorpe, não foi um
fazedor de Arte, porque foi. Não estou a individualizar. Estou apenas a
divagar, em torno daquilo que alguns consideram Arte.
Ergue-se
a minha voz, para “reclamar” aqui no “Palavras Sem Jeito”, o direito, a que até
na Arte como em tudo na vida, há idades para tudo.
Não
concordo, que um determinado conteúdo, só porque se possa considerar Arte, deva
ter acesso livre para todas as idades. Cada coisa no seu tempo.
Provocar,
não é usurpar e abusar de não possibilitar o direito, a cada individuo de usufruir
de cada coisa no seu tempo. De universalizar o que não é universalizável. Ainda
não vale tudo. No respeito pelo outro há critérios básicos a respeitar.
Concordo
em pleno com a decisão da Direcção de Serralves.
Interditar
o que quer que seja nos moldes que acima argumentei, não significa qualquer
limitação à Liberdade de Expressão, como ouvi dizer a alguns que se
manifestaram contra a decisão da Direcção de Serralves. Antes pelo contrário. Mas,
obviamente têm o direito à sua indignação, como eu a tenho.
O
que não entendo é a rapidez com que o Bloco de Esquerda se reportou ao facto.
Não é assim tão rápido, a tentar arranjar soluções para tantos problemas que
subjugam os Portugueses. Mas, também depois da peripécia de Robles… alguma
coisa do que dizem é para levar a sério?
Inteiramente de acordo consigo.
ResponderEliminarNõ existe para os filme uma limitação de idade ?
Mesmo que em Valência esteja a suceder o mesmo, aliás, pior ainda, com esculturas à vista de toda a gente, Serralves fez muito bem em limitar.
Olá, estimado Samuel!
ResponderEliminarHi, o seu texto dá "pano pra mangas, mas tudo ou quase o k agora se diga é politicamente incorreto, é xenófobo, é racista é, é e já não me lembro de mais adjetivos do género para classificar certos casos.
Liberdade de expressão há em excesso, em minha opinião, e depois surgem estas aberrações, contradições.
Eu entendo pouquíssimo de Arte, embora na Faculdade de Letras de lisboa eu tivesse feito dois anos de História de Arte (era fino as meninas irem pra Arte, na época-rs) e ser licenciada em História e Português deu-me trabalho. E história, curso de 5 anos com dois de estágio, não foi propriamente como os de agora, mas não sou mestra -rs, mas dizia eu, k História sem Arte, não se concebe.
O pessoal, eles e elas, querem comer cozido à portuguesa com um ano. Entende? E alguns já comem -risos. Eu só durante a faculdade, fui a algumas festas, mas os pais iam-nos lá pôr e buscar.
Tudo deve acontecer no tempo certo, pke só na Primavera a natureza se renova e no outono dá-se o oposto. É situação, k ninguém mudará.
Gostei mto do seu desabafo.
Beijinhos para todos e à sua filha, k já fez anos no dia de S. João. Verdade?
Olá, Samuel!
ResponderEliminarComo vai? E o tempo por aí já está mais fresco? Aqui, manhãs e tardinhas já fresquinhas, mas durante o dia, ainda calor. E ainda vamos ter o verão de S. Martinho.
Soube k a sua filha fazia anos no dia de S. João, pke li, escrito por si, essa informação, num blogue, k já não me lembro o nome e retive isso, não sei qual a razão. Tenho várias pessoas amigas a fazerem anos durante o mês de junho, todos caranguejos (rs), k é o signo k melhor se dá com o meu.
Qto ao filme, pois tínhamos que o ter visto na mesma época, sensivelmente. Fazia parte das nossas escapadelas (mais para as meninas), mas esta película marcou-me no bom sentido, diga-se!
Beijinhos para todos e dias mto felizes.
Amigo, essa desconstrução da arte é uma vergonha - se há sete mil anos foi inventado o cabo do guarda-chuva e só por ser de priscas eras devemos mudá-lo? O belo é atemporal. Os esquerdopatas sem capacidade de criar o belo, criam o feio, levam cada susto, e arvoram-se a dizer ser linda a obra aleijada sem pé e nem cabeça. Digam o que quiser, escrevam e criem o diabo que for, mas que curtam entre eles. Entendo a indignação. Grande abraço. Laerte.
ResponderEliminarOI SAM!
ResponderEliminarHÁ ALGUNS MESES ATRÁS PASSAMOS POR ALGO ASSIM AQUI NO BRASIL, UMA EXPOSIÇÃO ONDE UM HOMEM NU, ERA TOCADO POR QUEM QUISESSE FAZÊ-LO, INCLUSIVE SEM RESTRIÇÃO DE IDADE PARA VÊ-LA, FOI VETADA AQUI EM MEU ESTADO O RIO GRANDE DO SUL, O QUE CRIOU UMA GRANDE POLÊMICA, MAS A INTERDIÇÃO FOI APOIADA PELA MAIORIA DOS GAÚCHOS. AS OBRAS DITAS DE ARTE NÃO PASSAVAM DE PURA PORNOGRAFIA.
TAMBÉM SOU A FAVOR DA LIVRE CRIAÇÃO, MAS AO MENOS QUE O CRIADOR TENHA TALENTO POIS, ERA PURO MAU GOSTO.
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com/