quarta-feira, 7 de março de 2018

UM PAÍS, DIFERENTES OLHARES
                                                                                        Foto: Samuel Patrocínio

Nada do que hoje aqui vou abordar é novo. Basta tomar atenção nos discursos da nossa classe política para entendermos que todos falam das desigualdades entre Litoral e Interior.

A este respeito, vem-me logo à memória, uma rábula dos Gato Fedorentos. “Falam, falam, mas não dizem nada”. Adaptando, diria, “Falam, falam, mas não fazem nada.”.

Bem sei que os problemas do interior do país são em síntese os mesmos ou praticamente os mesmos, em todas as Regiões,  mas permitam-me que egoisticamente me detenha sobre a Região onde presentemente vivo. Estou a falar do Baixo Alentejo. Sim, do Baixo-Alentejo e não do Alentejo.  Essa discussão daria um outro post.

Há duas décadas, que vivo por estas planícies. Conheço bem o espaço. Conheço bem a forma de estar e pensar desta população. 

Custa-me olhar para o território, e perceber que o nosso poder central, mude ou não a cor, não entendeu a realidade do país real.

Não me vou focar nos graves problemas resultantes da perca e constante envelhecimento populacional. Quero apenas frisar factos objectivos, de forma expedita. 

Deixo-os para reflexão:
- Porque razão a electrificação da ligação ferroviária Beja-Casa Branca (no fundo, Beja-Lisboa), não foi objecto de contemplação na “Estratégia Portugal 20/30”;
-  Quando termina  a famigerada  auto-estrada A26, ou lá o que é, entre Beja e Sines, Isto  já para não falar, na situação do IP8 entre Beja e Ourique;
-  Pensa-se alguma vez em materializar com uma utilidade compatível a infra-estrutura do Aeroporto de Beja;
- Quando é que os Baixo Alentejanos vão ter proximidade e presença de Serviços de Saúde, de acordo com o que merecem enquanto cidadãos.

Deixo apenas alguns factos. Não aceito, como resposta que a Região Baixo-Alentejo, tem sido contemplada com investimentos de peso, devido aos montantes investidos no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.  Porquê?, porque essa é uma obra que o país há muito devia ao Baixo-Alentejo.

Aqui, no Baixo-Alentejo somos poucos, muito poucos mesmo, mas somos também como todos os outros, Portugueses . Portugueses com direitos e deveres.

 Não aceitamos apenas a Factura dos deveres. Queremos também o Recibo dos direitos.


 

2 comentários:

  1. Cada mulher que nasce é mais uma estrela que brilha na terra e ilumina o caminho da vida. Embora sendo homem nada me impede de homenagear poeticamente esse ser humano ímpar.

    Gostei do texto e ainda mais da imagem que é sublime
    .
    * (Poetizando e Encantando) MULHER ... O Equilíbrio da Vida *
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    Votos de um dia feliz

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  2. como diz e mto bem, o Baixo Alentejo é o Baixo Alentejo e não tem nada a ver com o conceito Alentejo, genericamente falando. o Alto Alentejo é bem diferente da nossa, entre aspas, província, em quase tudo.

    as questões, que coloca são pertinentes, mas isso fica para depois, pke nós, entre aspas, visto k o Samuel não é alentejano, pke somos lentos, dizem e queremos estar apoiados num cajado e à sombra de um chaparro.

    a saúde é o mais importante, mas parece k ninguém quer ir para aí. médicos ainda novos não querem ir para Faro, veja bem. Deveriam ser obrigados, tal como são os professores e ponto final.

    não sendo alentejano já apanhou termos daí, qdo diz perca. de facto, nós dizemos perca, é um regionalismo, mas o correto é perda. perca é um peixe, como sabe.

    fui operada a mão esquerda há 15 dias e só escrevo com a dta. daí faltarem letras maiúsculas e alg. sinais de pontuação. sorry...

    beijinho e dias felizes, samuel.

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