Sendo que apenas consigo colocar um Post de semana a semana, na hora de escrever, tenho sempre uma série de assuntos e, obrigatoriamente tenho de optar por um.
Surge toda esta conversa pelo facto, de ter mudado a ideia base, do que pretendia escrever, em virtude das imagens que foram publicadas no Facebook, referentes a atitudes comportamentais de médicos de Porto Rico a actuar no cenário de catástrofe do Haiti.
Esclareço já, que não sou consciência de ninguém, nem sou um indivíduo que considere não ser tolerável brincadeiras de descompressão em palcos em que o sentimento humano é a todo o tempo colocado à prova.
Sem ser um discípulo de puritanismo, a frieza, o que transmitem e o âmbito das fotografias é em meu entender demonstrativo de falta de senso e revelador de uma gratuitidade não compatível com o objectivo a que estes profissionais se propuseram.
Para o comum dos mortais, a imagem reflectida de um médico é a de alguém, dotado de inteligência superior, arredado de comportamentos, que já de si não abonam o mais básico e leviano dos ignorantes, quanto mais praticados por estes seres quase divinos. E, na situação presente, o pousar para a fotografia como que celebrando uma ode báquica, induz a uma paupérrima formação de carácter.
Não fazendo um paralelismo directo ao episódio acima descrito, vem a propósito a minha cada vez maior incapacidade, em ler correctamente os desígnios humanos, quando vejo noutros cenários e circunstâncias, uma maioria de determinados doutos a pavonear a sua intelectualidade e, muitas vezes simultaneamente a exibir faustosamente princípios cristãos arrogando-se em imaculados defensores da moral, onde ressalta os chavões, Deus e Família. Pena é que não utilizem a sua sapiência para a ajuda do seu semelhante, considerem de facto os ensinamentos de Deus e, respeitem de verdade, a família, deles e dos outros. São contudo estas personagens amados e prezados por muita gente, devido à sua posição social e capacidade de influência, e, não me estou a referir à classe política.
Acontece, que não tendo já paciência para essas figuras de estilo do saber e dos valores, e pedindo desculpa pela expressão, pois estão “mais cag…. que a mer…” (como se diz aqui pelo Alentejo), prefiro sem demagogia popular privar com o humilde de conhecimentos, mas que na sua grande maioria sabe respeitar e valorizar o homem, em toda a sua dignidade.