Foto: Samuel Ramos Patrocínio
Hoje, tal como muitas vezes fiz em criança, não vejo as crianças deste país, no dia 1 de Novembro a bater à Porta da vizinhança da aldeia e pedir o “Pão por Deus”. Hoje, batem à porta e dizem “Doçura ou Travessura”, na ânsia de receber alguns doces.
Naquele tempo, juntávamo-nos igualmente em grupos, e em todos os lares, a cada batida de porta, após dizermos que vínhamos pedir o “Pão por Deus”, mãos generosas, colocavam no nosso saco de tecido, figos secos, nozes, castanhas, romãs, passas ou cachos de passas, pinhões, e as tradicionais broas ou bolos podres. Cada lar dava o que tinha ou podia. Algumas vezes lá vinha alguma moeda.
P.S. – Durante a feitura deste texto, não pude deixar de lembrar a “Ti” Levira; a “Ti” Deolinda, a “TI” Conceição, a “Ti” Guilhermina, a “Ti” Luciana, e muitas outras cujo nome a minha memória já não alcança.
Não tinha previsto colocar nenhum post que versasse o Halloween. Não posso, contudo, deixar de o fazer, quando a velha tradição Portuguesa do “Pão por Deus”, foi literalmente substituída pela tradição anglo-saxónica do Halloween, popularizada pela máquina de Marketing, Norte-Americana.
Hoje, tal como muitas vezes fiz em criança, não vejo as crianças deste país, no dia 1 de Novembro a bater à Porta da vizinhança da aldeia e pedir o “Pão por Deus”. Hoje, batem à porta e dizem “Doçura ou Travessura”, na ânsia de receber alguns doces.
Naquele tempo, juntávamo-nos igualmente em grupos, e em todos os lares, a cada batida de porta, após dizermos que vínhamos pedir o “Pão por Deus”, mãos generosas, colocavam no nosso saco de tecido, figos secos, nozes, castanhas, romãs, passas ou cachos de passas, pinhões, e as tradicionais broas ou bolos podres. Cada lar dava o que tinha ou podia. Algumas vezes lá vinha alguma moeda.
Nós ficávamos felizes e a aldeia também, tinha-se cumprido a tradição. Nós éramos apenas só mais uns obreiros, daquilo que cada elemento da aldeia já tinha sido. Mais, se não fossemos a todas as casas, as pessoas ficavam como que “irritadas” e no dia seguinte, iam distribuir o “Pão por Deus”, que tinham destinado a cada criança.
Hoje, batem-me à porta e dizem “Doçura ou Travessura”, mas eu, apenas conheço a expressão “Pão por Deus.”
P.S. – Durante a feitura deste texto, não pude deixar de lembrar a “Ti” Levira; a “Ti” Deolinda, a “TI” Conceição, a “Ti” Guilhermina, a “Ti” Luciana, e muitas outras cujo nome a minha memória já não alcança.